Última postagem do ano. Trago nas palavras o gosto de tudo aquilo que não consegui registrar. O sabor da pressa é o mesmo da saudade, porque se trata do gosto daquilo que não pode ser materializado, é o gostinho do quero mais. É também o gosto da morte - e não há nada de aterrorizante quando falo da morte - porque ela é também saudade. O ano de 2009 acaba de dar seus últimos suspiros, e neles posso enxergar os restinhos de fôlego que levamos para essa nova vida que virá depois da meia noite. Quer se preocupar com a vida após a morte? Preocupe-se, pois! Mas lembre-se de que a morte começa agora, tal como a vida. O que morreu em 2009? Quanto de fôlego levo para semear em 2010? E você?
Quis escrever uma carta para meus alunos, mas nem consegui. Mas deixo nesta última postagem os meus agradecimentos por todos os momentos de gozo e estresse que compartilhamos ao longo deste último. Para o próximo ano ficarão as fotos da formatura e das confraternizações que me fizeram muito feliz junto a eles, os meus queridos alunos. Seus trabalhos, atividades, prometo não deixar passar para 2011...
Não consegui dar expressão à minha alma, à minha grande paixão, esse vagabundo insólito e cretino que me faz perder noites de sono de tanto que me invade a cabeça e o coração, que se deita comigo e comigo levanta, esse com quem eu posso ser muitos e muitas: o teatro. Onde estão os registros da minha última apresentação? Ficaram no ruir da pressa, mas em 2010 todos poderão compartilhar neste blog os sabores e dessabores de "As Relações Naturais". Sim, não foram louros apenas. Mas o que passamos de bom e/ou de ruim nos serviu como semente para semearmos nos palcos da vida, em 2010.
Quanta coisa para escrever...
Mas o tempo me usurpou a escrita e os festejos de fim de ano me impedem de continuar a celebrar a nostalgia do que se foi. Agora tenho que ir ao mercado, urgente, comprar os últimos comes e bebes para o Réveillon. Nem sei, aliás, como será este ano. Deus parece estar aborrecido, ou muito triste. Suas lágrimas não param de cair sobre o Rio de Janeiro, e pelo menos nas últimas horas já somam nove, pelo menos, o número de mortos com as chuvas que inundam as cidades do estado. Comprometi-me com a viagem para Cabo Frio, mas temo o trajeto até lá com esse tempo. Será que chegarei à Praia do Forte antes da meia-noite? Será? O trânsito parece que parou para formar uma grande corrente de luzes, um gigantesco pisca-piscas natalino. Mas ora, que decoração mais atrasada, sabemos que o Natal já é passado. Mesmo assim, os faróis do engarrafamento insistem em trazer, sob o temporal contínuo, a lembrança de uma árvore de natal rodoviária.
Tenho que ir, preciso. E, como me sobram palavras mas me falta o tempo, prefiro não terminar este texto, e deixar por conta das lacunas a conclusão sobre o que foi 2009 e...
Quis escrever uma carta para meus alunos, mas nem consegui. Mas deixo nesta última postagem os meus agradecimentos por todos os momentos de gozo e estresse que compartilhamos ao longo deste último. Para o próximo ano ficarão as fotos da formatura e das confraternizações que me fizeram muito feliz junto a eles, os meus queridos alunos. Seus trabalhos, atividades, prometo não deixar passar para 2011...
Não consegui dar expressão à minha alma, à minha grande paixão, esse vagabundo insólito e cretino que me faz perder noites de sono de tanto que me invade a cabeça e o coração, que se deita comigo e comigo levanta, esse com quem eu posso ser muitos e muitas: o teatro. Onde estão os registros da minha última apresentação? Ficaram no ruir da pressa, mas em 2010 todos poderão compartilhar neste blog os sabores e dessabores de "As Relações Naturais". Sim, não foram louros apenas. Mas o que passamos de bom e/ou de ruim nos serviu como semente para semearmos nos palcos da vida, em 2010.
Quanta coisa para escrever...
Mas o tempo me usurpou a escrita e os festejos de fim de ano me impedem de continuar a celebrar a nostalgia do que se foi. Agora tenho que ir ao mercado, urgente, comprar os últimos comes e bebes para o Réveillon. Nem sei, aliás, como será este ano. Deus parece estar aborrecido, ou muito triste. Suas lágrimas não param de cair sobre o Rio de Janeiro, e pelo menos nas últimas horas já somam nove, pelo menos, o número de mortos com as chuvas que inundam as cidades do estado. Comprometi-me com a viagem para Cabo Frio, mas temo o trajeto até lá com esse tempo. Será que chegarei à Praia do Forte antes da meia-noite? Será? O trânsito parece que parou para formar uma grande corrente de luzes, um gigantesco pisca-piscas natalino. Mas ora, que decoração mais atrasada, sabemos que o Natal já é passado. Mesmo assim, os faróis do engarrafamento insistem em trazer, sob o temporal contínuo, a lembrança de uma árvore de natal rodoviária.
Tenho que ir, preciso. E, como me sobram palavras mas me falta o tempo, prefiro não terminar este texto, e deixar por conta das lacunas a conclusão sobre o que foi 2009 e...
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