sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A Saga de Manuel Congo e Marianna Crioula: os Heróis da Resistência

E como eu não paro nunca, mais uma vez me meti numa dessas mijadas que, de tão sufocadas, saem com gosto e alívio incomensuráveis. O mijo da vez está dando muito prazer. Trata-se dos ensaios e da preparação para o espetáculo A Saga de Manuel Congo e Marianna Crioula: Os Heróis da Resistência. É com muita alegria que integro o elenco desta peça, que será apresentada neste final de semana no Rio de Janeiro em comemoração ao Dia da Consciência Negra. Quem gosta de Cultura, História, Africanidades e Léo Rossetti não pode ficar perder essa. Se quiser saber mais sobre este casal, não se limite às palavras que seguirão a introdução desta postagem; vá nos assistir! É de graça; custa menos que uma tarde sedentária em cima do sofá da sua casa!


COMEMORAÇÃO DO DIA 20 DE NOVEMBRO - DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA RJ

A SAGA DE MANUEL CONGO E MARIANNA CRIOULA
OS HERÓIS DA RESISTÊNCIA
(A GRANDE CORUJA BRANCA)

Uma homenagem mais do que justa!

Em face à Comemoração do dia 20 de Novembro, o dia da Consciência Negra no Estado do Rio de Janeiro, a Companhia Nossa Senhora do Teatro encenam o Espetáculo inédito “A saga de Manuel Congo e Marianna Crioula, os heróis da resistência”. A encenação conta com a presença de 20 atores profissionais e 50 alunos atores da Oficina Escola de Teatro que fica na Estação de trens Central do Brasil com apoio da SUPERVIA e CEDINE, além dos músicos percussionistas e dançarinos. A montagem com belíssimo figurino, narra a trajetória heróica dos grandes vultos da maior rebelião já promovida no Estado do Rio de Janeiro por Manuel Congo e Marianna Crioula, onde em 1839 formaram um Quilombo no Vale do Paraíba do Sul, exatamente em Paty do Alferes, Estado do Rio de Janeiro e lá abrigaram cerca de mais de 300 escravos fugitivos.

Manuel Congo determinava as ações e a Marianna Crioula, sua companheira, coube a difícil missão de conseguir as armas de fogo, armas brancas, alimento e água para a escapada e inevitável embate futuro, o que fez com a ajuda de outras escravas. No mesmo ano o embate entre senhores de engenho e os escravos aconteceu, sendo parte deles capturados, julgados e condenados, sendo que há ai algumas curiosidades: Mariana Crioula capturada gritava a frase histórica: MORRER SIM, ENTREGAR-SE JAMAIS! Porém foi inocentada por um pedido de alta clemência de sua dona, a Senhora de engenho Francisca Elisa Xavier. Já Manuel Congo foi condenado a pena de morte, enforcado, decapitado e ficou sem sepultamento. Conta ainda a história, que a partir desta data a sua companheira de luta, a escrava Marianna Crioula voltando aos afazeres da antiga fazenda da Freguesia, hoje Aldeia de Arcozelo, enlouqueceu, dizendo estar vendo Manuel Congo pela fazenda como rei coroado, e também diziam os outros escravos capturados vê-lo. O tempo passa e Marianna Crioula morre, diz a lenda que ela torna-se uma grande coruja branca que passa a agourar toda aquela região fazendo com que ali nada prospere e nem se crie, dando seus vôos rasantes e piando alto CONGO! CONGO! Ela assusta o vilarejo! Os moradores locais se curvam e respondem: “Marianna Crioula, Coruja branca, seu sangue não estanca! Esta coruja está na região até os dias de hoje!

Em 01 de junho de 2010, os deputados e vereadores do Estado do Rio de Janeiro, decretam por unanimidade que Manuel Congo e Marianna Crioula recebam o título de heróis do Estado do Rio de Janeiro. A companhia nossa Senhora do Teatro foi a mesma que montou em 2008 “O auto da Escrava Anastácia” para a comemoração dos 120 anos da abolição da escravatura.
“Usar o veículo do teatro para entreter e acima de tudo informar e formar novos cidadãos, não é questão apenas estratégica, é porque de fato o teatro brasileiro deve exercer esta função: a de também educar, socializar, humanizar, registrando sua história e ser um acalentador de almas”. (Ricardo Andrade Vassíllievitch)


Local de apresentações:
· Estação de trens Central do Brasil (gare da Central) sexta feira dia 19 de novembro às 12:00 h (meio dia).
· Praça Onze no busto de Zumbi dos Palmares – Sábado dia 20 às 08:30 h
· Espaço Cultural Sylvio Monteiro em Nova Iguaçu – Domingo dia 21 às 19:00 h

Pesquisa, Texto e direção teatral: Ricardo Andrade Vassíllievitch
Produção e Encenação: Companhia Nossa Senhora do Teatro
Duração do espetáculo: 40 minutos
Gênero: Drama
Entrada Franca.
Classificação livre.
Contatos: (21) 3773 – 8375 ou (21) 9714-4940 (Ricardo Andrade Vassíllievitch)

Site www.nossasenhoradoteatro.com

E-mail: nossasenhoradoteatro@gmail.com


Fernanda Torres e Léo Rossetti como:
Senhora Francisca Elisa Xavier e Capitão Mor Manuel Francisco Xavier


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